Este fracasso de ação tem um recorde impressionante de 0% no Rotten Tomatoes

This action flop has an impressive 0% record on Rotten Tomatoes.

Existem diferentes tipos de expectativas envolvidas quando um filme de ação tem tanto Zorro quanto um Anjo de Charlie. Infelizmente, Ballistic: Ecks vs. Sever (2002) é um dos piores filmes de ação de todos os tempos, deixando pouco ou nada para sua defesa. Feito pelo diretor tailandês Wych Kaosayananda (com o pseudônimo infelizmente adequado de ‘Kaos’), o filme marcou sua estreia em Hollywood. Antonio Banderas e Lucy Liu interpretam os papéis principais e supostamente estão em lados opostos de uma conspiração.

Apesar de ter um orçamento de impressionantes $70 milhões, Ballistic: Ecks vs. Sever é um filme notoriamente terrível (faturando apenas $20.2 milhões), criticado tanto pelo público quanto pelos críticos de cinema. Com 119 críticas registradas, ele tem uma classificação de 0% no Rotten Tomatoes. Embora seja comum que alguns filmes impopulares ganhem um culto ao longo dos anos, o mesmo não pode ser dito deste — ele é apenas, para simplificar, muito ruim.

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Sobre o que é Ballistic: Ecks vs. Sever?

O filme começa com Michael Gant, filho do diretor da DIA Robert Gant, sendo sequestrado pela agente renegada Sever, que foi treinada para não ter “medo, consciência ou moralidade”. Embora sua rixa com Gant nunca seja claramente explicada, é sugerido que ele seja responsável pela morte de seu filho. Gant envia seus melhores agentes, liderados por A. J. Ross, para resgatar Michael, especialmente porque, como é revelado mais tarde, ele injetou um dispositivo de assassino microscópico chamado ‘Softkill’ na corrente sanguínea de seu filho para contrabandeá-lo para os EUA. A arma pode ficar dormente dentro da vítima até ser ativada para causar um ataque cardíaco, não deixando rastros.

Jeremiah Ecks é apresentado onde todos os heróis relutantes podem ser encontrados: fumando e bebendo em um bar sujo. O agente do FBI é dito ter se aposentado há sete anos, quando sua esposa Vinn foi morta em um atentado a bomba em um carro. Seu ex-chefe, Julio Martin, afirma que sua esposa está na verdade viva e promete dar-lhe informações se ele encontrar Sever.

Segue-se em Vancouver uma sequência prolongada de ação, onde Sever consegue atacar todas as forças inimigas e depois escapar de Ecks. Depois, Ecks é preso sob falsas acusações de atirar em Martin. Enquanto está sendo levado para a prisão, Sever (depois de descobrir quem ele está procurando) liberta Ecks e lhe dá o endereço de sua esposa. Quando ele chega lá, encontra Vinn indo em direção a um aquário, onde finalmente se reencontram. É revelado que Gant orquestrou suas mortes: ele havia preparado a explosão de cada um de seus carros para que pudessem testemunhar a “morte” do outro. Vinn acabou se casando com Gant e deu à luz Michael, que é na verdade filho de Ecks.

Sever chega e os leva para um pátio de trens abandonado, onde ela prendeu Michael. Gant chega com Ross e outros agentes fortemente armados, e uma luta se inicia. Ecks e Sever conseguem derrubar todos, e esta última atira em Gant com uma bala carregada de Softkill (que aparentemente ela havia pego de Michael anteriormente). Depois de matá-lo, ela escapa quando a polícia chega. O filme termina com Ecks agradecendo a Sever enquanto eles olham para o mar.

Ballistic: Ecks vs. Sever é baseado em um videogame?

O filme tem duas adaptações para videogame (ambos jogos de tiro em primeira pessoa) para o Game Boy Advance. O primeiro, Ecks vs. Sever, é baseado em um rascunho inicial do filme, quando ele ainda nem tinha entrado em produção. Isso se deve a um acordo entre a Franchise Pictures e a Bam! Entertainment que permitiu a editora de videogames desenvolver jogos com base em qualquer um dos roteiros da empresa. Ecks vs. Sever foi desenvolvido pela Crawfish Interactive e lançado antes do filme em 2001, pois acreditava-se que o jogo era bom o suficiente “para se sustentar sozinho”.

O segundo jogo, Ballistic: Ecks vs. Sever, foi lançado apenas uma semana após o filme e seguiu sua história muito mais de perto. Ao contrário do filme, ambos os jogos receberam críticas em sua maioria positivas.

Por que Ballistic: Ecks vs. Sever é tão odiado?

The Matrix (1999) estabeleceu um novo padrão para o gênero de ação, e houve uma mudança notável na indústria do entretenimento após o seu lançamento. Ballistic: Ecks vs. Sever parece uma imitação bastante pobre do filme aclamado pela crítica, apesar de também ser um filme da Warner Bros. Ele tenta descaradamente capturar a vibe estilística de The Matrix usando artes marciais, uma ampla variedade de armas, e sobretudos grandes e macacões pretos. Mesmo que o compositor para os dois filmes seja o mesmo (Don Davis), a música em Ballistic: Ecks vs. Sever é simplesmente irritante, falhando em transmitir as emoções dos personagens ou os temas do filme.

O diretor também falha em ter em mente que The Matrix usa câmera lenta com moderação, e compensa com ação rápida. Portanto, o resultado final é uma série de cenas mal editadas e sem imaginação, apresentando acidentes de carro, tiros constantes, explosões e a perseguição obrigatória de motocicleta. Tudo isso é ambientado em uma trama incompreensível, tornando difícil lembrar quem está de que lado e por quê.

Para uma história que trata de vingança, amores perdidos e mães enlutadas, o filme é desprovido de sentimentos genuínos. A atuação de Liu deixa a desejar como a personagem silenciosa e estoica que ela provavelmente deveria ser, enquanto Banderas parece apenas descontente por fazer parte desse projeto. Ao juntar desesperadamente diferentes clichês, Ballistic: Ecks vs. Sever acaba sendo totalmente sem sentido. Por exemplo, por que Ecks nunca investigou a morte de sua esposa? Se Gant planejava matar Ecks, por que ele fingiu o assassinato de Vinn? Mais importante ainda, por que o título se chama Ballistic: Ecks vs. Sever quando os dois personagens na verdade trabalham juntos contra um inimigo comum?

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